01 fevereiro 2012

Cheiros

Mau Cheiro de compostos químicos
As substâncias responsáveis pela liberação de odores para a atmosfera são geralmente gases inorgânicos ou compostos orgânicos voláteis (COV/VOC`s - Volatil Organic Compounds), sendo os primeiros resultado da atividade biológica nos esgotos e fontes correlatas e os VOC´s derivados da presença de resíduos ou produtos industriais.
Mau cheiro: Os compostos químicos normalmente associados a maus odores são as mercaptanas, indóis, ácidos inorgânicos, aldeídos, cetonas e compostos orgânicos contendo nitrogênio ou átomos de enxofre. Estes compostos são originários da decomposição anaeróbia de compostos com alto peso molecular, especialmente proteínas, reconhecidas como causas do mau-cheiro do esgoto e de estações de tratamento em geral. Entre os compostos inorgânicos, a amônia (NH4) e sulfeto de hidrogênio (H2S), são considerados as principais causas do odor de esgotos domésticos.
A presença de sulfeto de hidrogênio é causada devido a desenvolvimento de ambientes químicos redutores, caracterizado por valores baixos do potencial de oxi-redução entre 150 -- 350 mV, observando-se, nestas condições, um desenvolvimento favorável de microorganismos redutores de sulfato gerando o gás sulfídrico e os odores.
Em sistemas de tratamento de esgoto aerados não há tanta produção de sulfeto de hidrogênio e odores, entretanto os odores podem se formar no biofilme de lodo que cobre a superfície submersa das linhas de condução de esgoto difundindo-se nna área. Condições sépticas podem surgir também em esgotos de baixas velocidades que desencadeiam atividades intensas de bactérias sulfato-redutoras particularmente se o sistema está localizado em uma região que enfrenta altas temperaturas.
Grupos químicos principais, causas de odores: sulfetos, amônios e odores amínicos, proteínas, ácidos graxos, aminas graxas e outras moléculas graxas, compostos nitrogenados e sulfurosos, monômeros acrílicos e vinílicos, água amoniacal e amônia, mercaptanas, fontes nitrogenadas e sulfurosas. Na indústria as principais fontes de odores são fábricas de Fibra de Vidro, Alimentícia, Borracha, Papel, Açúcar, Moldagem, Refino de Óleo, Gorduras, Emulsões Acrílicas, Tintas , Vernizes, Resinas, Limpeza de Tanques, Gás Natural, Borracha, Dutos de Ar Condicionado, Caixas de Água Industriais, Aterros Sanitários, Caminhões Coletores, Compostagem, ETE, Curtumes, Abatedouros, Frigoríficos, Caminhões Frigoríficos, Hotéis, Shoppings, Bingos e Hospitais. O processo de percepção do odor se da quando uma parte limitada da molécula estimula os receptores do nariz e envia um sinal de odor para o cérebro. Estes odores podem ser classificados em três tipos:
(1) Ácidos graxos, onde ocorre o cheiro de gordura, suor e de indústrias de processamento óleos; o odor é de ranço, fermentações diversas, suor etc..
(2) Compostos de Enxofre: estes odores são geralmente derivados de sulfito orgânicos e mercaptanas, geralmente causados por reações biológicas anaeróbias e por vegetais e animais em estado de putrefação.
Em alguns casos o nitrogênio reativo nas moléculas de odor é substituído por fósforo, enxofre e selênio e nesses casos, o odor é ainda mais forte. Na prática, um odor não é formado apenas por um desses agentes, mas por uma composição de muitos destes agentes: um odor de enxofre em geral inclui moléculas de nitrogênio, ao mesmo tempo.


Composto
Molécula
Odor
Sulfurosos
Sulfeto de Metila
Vegetais poderes
Dissulfeto de Metila
Cebola
Butyl Mercaptana
Urina de gato
Nitrogenados
Trimetilamina
Peixe podre
Indol
fezes
Tetrametileno de diamina
Carne podre


Compostos Orgânicos Voláteis (COV)
Os Compostos Orgânicos Voláteis (COV) são um grande grupo de produtos químicos à base de carbono que se evaporam facilmente à temperatura ambiente. Alguns não têm cheiro nem odor o que não indica o nível de risco da inalação. Existem milhares de diferentes compostos orgânicos voláteis produzidos e utilizados no nosso quotidiano, entre eles: Acetona, Benzeno, Etilenoglicol, Formaldeído, Cloreto de metileno, Percloroetileno, Tolueno, Xileno e Butadieno. Materiais que podem emitir VOC´s: tapetes e adesivos, produtos compostos de e para madeira, tintas, produtos de vedação e calafetação, solventes , tecidos para estofados , vernizes, pisos de vinil, produtos para limpeza e desinfecção, cosméticos, óleo combustível e gasolina, bolas de naftalina, escapamento de veículos, operações como cozinhar, limpeza a seco, jornais, aquecedores não elétricos, r fotocopiadoras, cigarros, etc..O melhor controle é feito com a isolação do problema, ventilação e aumento de "ar fresco" .
Medição dos Mau Cheiro
Os parâmetros para expressar a concentração de odores podem ser definidos:
(1) Perceptibilidade de Concentração Residual (ATC: Absolute Threshold Concentration), definida como a concentração mínima que pode ser detectada em 100% (em alguns casos 50%) das pessoas envolvidas com a análise olfativa. Em alguns casos, a média geométrica de medições de membros únicos é usada.
(2) Odor Number (TON: Threshold Odor Number), ou o número de diluições necessárias para reduzir a concentração da amostra para o ATC.
(3) Concentração máxima de exposição (TLV: Threshold Limit Value), representa a concentração máxima na qual as pessoas podem ser expostas durante um período de 8 horas por dia, 5 dias por semana e 50 semanas por ano (média ponderada ao longo de 8 horas), para uma vida de trabalho de 40 anos.
(4) Concentração Máxima Permitida (MAC: Máximum Allowed Concentration): A concentração máxima que nunca deve ser excedida. O quadro abaixo apresenta os valores destes índices em relação a uma série de compostos encontrados em o ambiente de estações de tratamento de esgoto.
Composto
ATC (ppm)
TLV (ppm)
MAC (ppm)
Sensação Olfativa
Sulfeto de Hidrogênio
0,00047
10
50 (USA) – 20 (UK)
Ovos podres
Amônia
46,8
25
37,5 (UK)
Punfente Caracterisitico
Metil Mercaptana
0,0021
10

Repolho Podre
Dissulfeto de Carbono
0,21
20

Adocicado Pungente
Sulfeto de Bifenila
0,0047


Borracha queimada
Sulfeto de Dimetila
0,001


Vegetais podres

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